Embora o marketing já tenha sido uma vez sobre causar uma boa impressão, o foco agora é mais para a criação de valor, ou o Marketing de utilidade.
Em vez de campanhas publicitárias chamativas, as marcas têm a intenção de criar ferramentas funcionais, úteis e relevantes para atender às necessidades dos consumidores. Por exemplo, o novo aplicativo de fitness da Adidas, que visa ajudar as mulheres a melhorar sua saúde geral e bem-estar – simultaneamente vendendo o estilo de vida da marca em vez de seus produtos.
Isto é o que é conhecido como marketing de utilidade ou um exemplo de utilidade de marca. Você pode se perguntar: Não é apenas uma outra maneira de descrever o bom marketing de conteúdo? Há um cruzamento, mas a maioria das atividades de marketing de marca ou digital tendem a se concentrar em divertir ou interromper os consumidores – a utilidade da marca é sobre ajudá-los.
Vamos aprofundar o tema um pouco mais, usando alguns exemplos efetivos para explicar os benefícios.
Tornando-se parte da vida dos consumidores
O envolvimento esporádico gera resultados de curto prazo. De uma publicação social única ou de uma campanha experiencial – mas o marketing de utilidade ajuda as marcas a se tornarem parte da vida dos consumidores.
Os aplicativos são uma ótima maneira de fazer isso, porque se eles se encaixam, o uso se torna um hábito e não uma interação consciente da marca. Muitas marcas de esportes usam aplicativos como parte de suas estratégias de marketing, capitalizando o fato de que o esporte é muitas vezes um modo de vida – e que os consumidores podem formar lealdade a longo prazo com uma marca específica nesta base.
O aplicativo Nike + Run Club é um exemplo ideal. Ele gera os hábitos de exercícios dos usuários por corridas de rastreamento e configuração de objetivos de fitness. Isso significa que – independentemente se o usuário ser ou não um consumidor leal da Nike – os aspectos funcionais do aplicativo provavelmente irão mantê-los voltados a marca e talvez até os transformar em um cliente ao longo do tempo.
Outro caso relacionado ao esporte é o Adidas Runbase, que transfere a utilidade de um sentido digital para a vida real. Baseia-se na ideia de que os corredores em Tóquio gostam de se exercitarem antes ou depois do trabalho, mas não têm um lugar para tomar banho ou deixar seus pertences. Então, para atender a essa necessidade, a Adidas criou um espaço personalizado para que os corredores possam alugar armários.
Claro, a instalação inclui um espaço que vende roupas de marca, mas, oferecendo um serviço incrivelmente conveniente em primeiro lugar, os visitantes são menos propensos a sentir que é uma empresa exclusivamente comercial.
Usando chatbots para auxiliar utilidade
Outra forma de marketing de utilidade vem na forma de chatbots dentro de mensagens. Houve um boom no ano passado, mas, sem dúvida, os exemplos mais bem sucedidos foram aqueles que se concentram em utilidade básica, em vez de personalidade ou entretenimento.
O motivo é que os chatbots permitem que os consumidores se conectem e se envolvam com as marcas por sua própria conveniência, usando-os para atender a um serviço específico no momento em que o exigirem. Para entender um pouco mais sobre como uso de chatbots funciona, preparamos um artigo falando somente sobre isso.
Em outras palavras, os consumidores não se preocupam se estão falando ou não com um bot, desde que suas necessidades sejam atendidas.
Os chatbots oferecem um enorme potencial, com muitas grandes marcas que as usam para agilizar o atendimento ao cliente e fornecer uma comunicação direta com os consumidores. Ambos os chatbots do Skyscanner e do Kayak permitem que os usuários busquem voos simplesmente digitando um destino e selecionando datas.
O chatbot da KLM leva esse utilitário um passo adiante, enviando todos os detalhes da viagem como o cartão de embarque para os consumidores através do Facebook Messenger. Ele também usa este canal para atualizar os viajantes sobre possíveis atrasos e permite aos usuários fazerem perguntas diretamente, como a quantidade de bagagem que eles possuem ou se podem mudar de assento.
Embora o exemplo da KLM seja, sem dúvida, um propósito funcional (em termos de oferecer informações), o motivo pelo qual é tão eficaz é que ele tem um efeito decisivo, tornando a experiência real de viajar menos estressante e muito mais racionalizada. Esse tipo de utilidade é inestimável para os consumidores, pois soluciona problemas no momento e até mesmo os impede antecipadamente.
Isso sempre funciona?
Como qualquer estratégia, o marketing de utilidade nem sempre funciona – especialmente se a campanha parecer falsa. Isso tende a acontecer quando as marcas apontam um produto ou lançamento específico, ou quando o problema que estão tentando resolver não é realmente um problema para os consumidores.
A aposta em uma venda indireta é o segredo da conquista. Sua marca pode se tornar referência e aí, ser procurada na hora da necessidade.
Fonte: https://www.shopify.com/blog