Para terminar com chave de ouro, neste terceiro texto sobre o que vimos no Adobe Summit (confira o primeiro e o segundo), focamos em alguns temas como transformação digital, estratégias de mercado, tecnologia e experiência do usuário! Reunimos as dicas e tendências vistas e vamos compartilhá-las agora. Vamos lá?
Na primeira palestra “Como portais de comércio eletrônico B2B podem ser mais do que transacionais”, Michael Rasmussen (Practice Leader | Digital Commerce, EY) relaciona e-commerce B2B com mudanças. O pós-pandemia está começando a ter mais destaque para o B2B, ser mais real, e transformar as vendas por meio do conceito de autoatendimento digital.
Segundo pesquisa da Forrester, 70% das pessoas disseram que comprar de um site é mais conveniente do que comprar de um representante de vendas — ao comprar produtos ou serviços para o trabalho.
O cenário de vendas mudou muito desde o início da pandemia, principalmente por conta da capacidade de se envolver pessoalmente é limitada.
- 43% dos representantes de vendas não podem visitar o escritório;
- 30% comunica-se principalmente por e-mail;
- 20% comunica-se principalmente por vídeo.
Os desafios:
1 – os clientes B2B estão mais difíceis de encontrar
2 – Todos os funcionários que passam pelo menos parte de seu tempo trabalhando remotamente têm maior engajamento do que aqueles que nunca trabalham remotamente.
Esse é o jogo direto ao consumidor: tenha o maior espaço de sua atenção que puder pelo tempo que puder, até que você reconheça minha marca e interaja com ela ou compre algo dela.
No B2B a estratégia deve ser diferente do D2C ou B2C. É preciso construir a experiência que permita ao cliente voltar ao telefone o mais rápido possível. No entanto, a marca e o produto, não é a experiência que deve-se construir. A plataforma é a experiência. Coisas como otimização, economia de tempo, conhecimento, essas são as experiências que possibilitam o autoatendimento, as experiências que capacitam os clientes a fazer mais e maximizar sua receita.
O custo é muito importante na hora de escolher e considerar a construção de um portal de autoatendimento B2B. Com o e-commerce B2B, é possível tirar a responsabilidade do representante de atender aos pedidos e mudar seu foco para vender o valor da parceria, e o valor da empresa. Ou seja, isso significa que menos representantes podem gerar mais receita, ao mesmo tempo dando ao cliente o que eles realmente querem de qualquer maneira, uma experiência de autoatendimento digital.
Já na palestra de Ki Song (Director of E-Commerce Development, MonkeySports) e Kaushal Shah (Director of Magento Practice, Perficient), “Atualizando para Maior Eficiência e Vendas de Comércio Eletrônico”, é nos apresentado o case da MonkeySports, varejista líder de equipamentos de hóquei no gelo, lacrosse, beisebol e softball nos Estados Unidos e Canadá.
A empresa migrou para o Magento Commerce 2 para modernizar suas capacidades de comércio e apoiar seus negócios em crescimento. Sua estratégia de atualização de plataforma levou a um aumento substancial no volume de pedidos e funcionalidade avançada, o que reduziu o tempo de ativação dos produtos e o tempo de atualização do estoque. A MonkeySports e seu parceiro digital, Perficient, compartilham as etapas que tomaram para atingir um volume de pedidos consistentemente maior dentro de semanas de implementação da nova plataforma, e como sua estratégia gerou um jogo vencedor para o crescimento atual e futuro.
Principais conclusões:
– Magento Commerce cria eficiência e melhora processos de back-end;
– Como habilitar um tempo de entrada no mercado mais rápido e atualizações de estoque mais rápidas;
– Aumentando o valor médio do pedido e as vendas gerais, atualizando seu sistema.
Em 2010, a empresa utilizava Magento 1 e a modelagem de dados prejudicava integrações com o ERP, que não estavam sendo satisfatórias, seja a nível de atributos como conjunto de atributos. O sistema de pontos também não agradava, e o time de merchandising estava limitado. Com a migração para Magento 2, o parceiro conseguiu entender as dores, desenvolver um plano assertivo de migração e não apenas atender as dores atuais, mas gerar novas oportunidades de negócio para a empresa.
E para finalizar com um super case em experiência de marca, em “Melhorando a experiência de marca com personalização de produtos”, David Guerra (IT Director, Scuf Gaming) e River Korn (Account Director, Guidance) falam sobre a empresa Scuf, que tem prêmios de inovação global, pois cria controles e headsets de games de alta performance, que são totalmente customizáveis. Alguns pontos de arquitetura do site anterior da empresa faziam com que eles não conseguissem utilizar todos os recursos que o Magento disponibiliza. Eles precisavam de uma ferramenta de configuração de produtos personalizados que, além de ser nativa da plataforma Magento, pudesse elevar a experiência do cliente.
Os clientes querem e gostam de ter produtos únicos, que sejam só deles. Que possam escolher os detalhes ou que sejam feitos sob encomenda. E no caso dos gamers, não apenas pelo design, mas pela vantagem competitiva que o produto oferece. Pensando nisso, a empresa decidiu levar essas customizações a outro nível.
A plataforma Magento foi a peça central de mais de 20 serviços de integração diferentes:
- Datas e custos de envio artesanais – preços de frete determinados por pedido pelos requisitos da fábrica, backlogs de pedidos, níveis de estoque e requisitos de envio.
- MES (Manufacturing Execution System) – Sistema de Execução de Fabricação
- ERP (Enterprise Resource Planning)
- CDP’s (mParticle/Klaviyo) – Segmentação de clientes para entendê-los melhor
- Zendesk (Customer Support Management) – Gerenciamento de suporte ao cliente
- Signifyd (Fraud Protection) – Proteção contra fraude
A customização de produtos permite que você inclua o cliente no processo de criação do produto, ao alterar o design para servir ao gosto e necessidade do cliente. Na hora da compra, o cliente pode escolher todos os componentes do controle através de um passo a passo de experiência de customização.
Essa área de personalização foi feita em ReactJS, escolhido pela sua aderência em todo o mundo, estabilidade e flexibilidade para funcionar não só em sites, mas também dentro de apps mobile e desktop. Magento e React trabalham juntos para proporcionar uma experiência inigualável para os clientes. Performance é sempre uma preocupação, e nesse caso, decidiram por utilizar a API do Magento para extrair o produto do catálogo e armazenar em cache o seu conteúdo em arquivos JSON para permitir que o React fosse carregado sem delay. Isso limita a necessidade do Magento de recorrer à API milhares de vezes por minuto para recuperar as informações do produto para o React poder consumir. Por conta da grande quantidade de produtos, opções, idiomas, moedas e quantidade de tráfego, ter um cache com esses dados todos foi um ponto crucial.
O tempo de permanência no site também é maior por conta da grande gama de itens personalizáveis. Assim que está pronto, uma imagem finalizada do controle escolhido é feita. A seleção é enviada para o Magento’s Guest Cart API e redirecionada para o carrinho, onde o cliente consegue ver uma representação visual do controle que ele mesmo fez e uma lista com todos os itens que ele escolheu para montar o seu controle único.
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Autores:
Rhuan Willrich, CEO
Leiriene Machado, Designer
Francine Maurici, E-commerce Strategy Lead